A fome é um sinal fisiológico muito bem regulado em indivíduos saudáveis e bem nutridos, mas que pode apresentar um desbalanço e se tornar uma verdadeira “confusão” em pessoas com obesidade e outras doenças crônicas não transmissíveis, por exemplo.
E mais, a fome fisiológica pode ser confundida com a fome/comer emocional, principalmente em quadros de depressão, #ansiedade e transtornos alimentares.
Contudo, a fome pode estar MUITO relacionada com déficits nutricionais, sendo esse um dos principais motivos que muitas pessoas não conseguem manter as dietas da moda e outras estratégias muito restritas a longo prazo.
Por exemplo:
A baixa ingestão energética a longo prazo gera o aumento significativo de hormônios e neurotransmissores conhecidos como orexígenos (aumentam a fome), podendo chegar a um ponto que fique quase que insuportável segurar essa restrição.
O déficit de ferro pode também favorecer muito o aumento da fome, sendo que essa ocorrência é bastante comum em quadros de anemia ferropriva.
A baixa ingestão de carboidratos em algumas pessoas pode ocasionar episódios de hipoglicemia (baixa de glicose no sangue), resultando no aumento da fome.
A ingestão insuficiente de vitaminas do complexo B também pode resultar nesses sintomas da fome, pois trata-se de substâncias co-fatoras de inúmeras reações, inclusive na síntese de hormônios e neurotransmissores regulatórios (serotonina) que podem atuar nos eixos orexígenos e na produção de energia através dos nutrientes.
O baixo consumo de proteínas com bom perfil de aminoácidos essenciais também pode piorar a fome pelo mesmo motivo das vitaminas do complexo B, além do efeito sacietógeno promovido por proteínas.
A baixa ingestão de fibras também pode reduzir a saciedade. Recomenda-se pelo menos 14g e fibra para cada 1000Kcal ingeridas.
Ou seja, no caso do emagrecimento, não basta apenas cortar determinados alimentos e/ou contar calorias.
Há todo um planejamento alimentar para que seu corpo receba todos os nutrientes essenciais para evitar a fome por déficits.
Por isso, procure um Médico Nutrólogo e um Nutricionista para te auxiliarem em quadros de depressão, ansiedade e transtornos alimentares.
Autor: Rodrigo Lamonier – Nutricionista e Profissional da Educação física
Revisores:
Dr, Frederico Lobo – Médico Nutrólogo – CRM 13192 – RQE 11915
Márcio José de Souza – Profissional de Educação física e Graduando em Nutrição.