A semana mundial da amamentação é linda. O aleitamento materno deve ser estimulado: ok. Leite humano é um excelente alimento para o neném até os 6 meses: Ok.
Mas e as mães que por algum motivo não conseguem amamentar ou aquelas que não querem amamentar? São duas situações do mundo real.
Quantas lactantes se martirizam por não conseguirem amamentar? E as que não o querem, o quanto internamente se culpam por não desejarem amamentar?
Nenhuma mãe é menos mãe por não amamentar. Nenhuma criança é fadada a ter carência excessiva, neurose de abandono ou qualquer outro sintoma em decorrência do não aleitamento materno.
O vínculo mãe/filho nessas situações pode ser tão forte quanto o da mãe que amamentou. A criança precisa do estímulo tátil e visual da mãe, isso que gerará o vínculo. Independente se é leite materno ou se é uma fórmula infantil: esse vínculo pode acontecer, trazer aconchego, tranquilidade para o neném. Essa mãe está disponível a nutrir seu filho, independente do tipo de alimento ofertado? É bom para ambos que exista uma disponibilidade amorosa e de presença, com o objetivo de criar uma maior conexão entre mãe/filho. Mas não tem que ser obrigatório, algo imposto.
Não estamos desestimulando o aleitamento materno, apenas acolhendo quem não consegue amamentar ou não quer. E está tudo bem ! Se for utilizada uma fórmula infantil adequada, essa criança poderá crescer e se desenvolver saudavelmente.
Autores: @drfredericolobo e @nutrendogeracoes